Complicações da Biópsia Prostática
Nas últimas décadas vimos um aumento importante de procedimentos diagnósticos relacionados ao câncer de próstata assim como o emprego da tecnologia para diagnósticos mais precisos e seguros . Estima-se que cerca de 2 milhões de biópsias prostáticas são realizadas por ano nos EUA e na Europa . Embora a via transretal seja frequentemente utilizada, este procedimento pode ser também realizado por via transperineal evitando assim contato com uma área extremamente colonizada de bactérias como a porção final do intestino grosso, diminuindo risco de complicações infecciosas durante o procedimento.
As principais complicações que podem ocorrer após o procedimento são: sangramentos (sangue no sêmen, urinário ou retal), aparecimento ou piora de sintomas urinários do trato inferior , disfunção erétil transitória, dor e principalmente as complicações infecciosas.
O aparecimento de cepas bacterianas multirresistentes associado ao uso indiscriminado de antibióticos têm levado a um aumento circunstancial (4-7%) de complicações infecciosas após biópsias transretais de próstata. Estratégias como a biópsia por acesso perineal que evita contato com o material fecal presente no reto, assim como técnicas de fusão de imagem que permitem um número menor de punções do tecido prostático têm mostrado menores índices de complicações infecciosas com acurácia e segurança semelhantes à técnica tradicional de biópsia transretal.