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Especialidades

Biópsia Prostática Transperineal
guiada por fusão de imagem –
Ressonância magnética/Ultrassonografia

Biópsia Prostática Transperineal guiada por Ultrassonografia

Biópsia Prostática Transretal guiada por fusão de imagem – Ressonância Magnética/Ultrassonografia

Biópsia Prostática Transretal guiada por Ultrassonografia

Biopsia de próstata transretal guiada por Ultrassom

A biopsia da próstata consiste num procedimento diagnóstico no qual pequenas amostras da próstata são colhidas com uma agulha e enviadas para análise de um patologista, sendo o único meio de se confirmar o Câncer de Próstata. Existem diferentes técnicas para a coleta desse material, sendo a biópsia via transretal guiada por ultrassom, o método mais tradicional no Brasil e em outras partes do mundo.

 

Um breve histórico

Uma técnica de biopsia transretal de próstata guiada apenas pelo toque retal foi descrita pela 1ª vez em 1937, e começou a ser mais largamente utilizada nos anos 1950, quando foi considerada como tendo maior potencial de acurácia diagnóstica do que a técnica transperineal previamente usada

O desenvolvimento de imagens de ultrassom da próstata foi se aperfeiçoando, e o 1º uso descrito de ultrassom transretal para avaliar a próstata veio em 1963 com Takahashi e Ouchi.

Foi apenas nos anos 80, com avanços tecnológicos na fabricação de probes de ultrassom e o desenvolvimento de um guia de agulha de biopsia acoplável que a biopsia transretal guiada por ultrassom (USG) se tornou clinicamente útil para o diagnóstico do Câncer de Próstata.

 

A Modernização da Técnica / O Método de Sextantes

Com o advento do exame de PSA, houve um aumento na detecção de lesões em estágio inicial que não tinham anormalidades no toque retal ou aspectos específicos no Ultrassom transretal.

Em resposta a isso, o método de amostragem da próstata mudou significativamente em 1989, quando Hodge publicou um trabalho que seria um ponto de referência inaugurando a era moderna da biopsia de próstata. Ele comparou a biopsia transretal guiada por USG com amostras retiradas de áreas de toque retal anormal ou com alterações ultrassonográficas, com aquelas biopsias onde foram retiradas amostras sistemáticas randomizadas de 6 sitios : o ápice, o terço médio e a base dos 2 lobos prostáticos (Direito e Esquerdo) . Essa técnica de sextantes detectou 9% mais canceres quando comparada com a técnica anterior, e esse protocolo de Hodge de biopsia sistemática de sextantes foi considerado o padrão ouro por muitos anos.

 

Como é feita

O procedimento é considerado de pequeno porte e pode ser realizado ambulatorialmente em hospitais, clínicas ou até no consultório especializado.

A via transretal é o modo mais comum de se realizar uma biópsia da próstata. O procedimento é feito com o paciente deitado de lado e com os joelhos e o quadril encolhidos. O médico insere pelo ânus uma sonda de ultrassom onde está acoplada um guia de biopsia, uma espécie de canal por onde passará a agulha que coletará as amostras do tecido da próstata através da parede do reto.

Antes de iniciar o procedimento, o médico realiza uma anestesia local ao redor da próstata com uma agulha através da sonda (ou probe) do ultrassom. Há ainda a opção por realizar o exame com sedação realizada por anestesista, oferecendo um maior conforto para o paciente.

Durante a biopsia, são coletadas amostras de áreas suspeitas da próstata além de áreas randomizadas em 6 setores dos 2 lados da próstata, numa média de 12 fragmentos.

Normalmente, o procedimento dura em torno de 10-15 minutos, e o paciente é liberado para casa a seguir, não sendo necessário internação.

O resultado da análise das amostras pelo patologista costuma demorar de 7 a 10 dias para ficar pronto, dependendo do laboratório de análise.

 

Limitações do procedimento

As imagens de lesões malignas no ultrassom transretal variam de aspecto, especialmente em lesões de estágio inicial, as quais são frequentemente indistinguíveis do tecido prostático normal, indicando que o Ultrassom transretal como ferramenta diagnóstica carece de especificidade.

Dentre as maiores limitações estão o fato de eventualmente o paciente poder ter um Câncer de Próstata e esse não ser diagnosticado pela biópsia, o que é considerado um resultado falso-negativo. Cerca de 30% dos tumores não são alcançados direito na biopsia pelo reto devido a limitações no acesso da algumas áreas da próstata, especialmente o ápice e a face anterior da próstata (voltada para o ventre).

Além disso, podem ocorrer complicações como infecção pós biopsia (6 a 8%) com risco de sepse (0,5 a 2%) e sangramento da parede do reto (10 a 30%).