Biópsia Prostática Transperineal guiada por fusão de imagem

Ressonância magnética/Ultrassonografia

Com a fusão de imagem realizamos biópsias com alta precisão, garantindo a identificação de possíveis alterações na próstata de forma mais eficaz.

Por décadas confiamos na via transretal para obter amostras de tecido prostático para o diagnóstico do câncer de próstata. É importante ressaltar que essa via ainda é a mais estudada, e por muitos considerada o padrão-ouro. Porém, a preocupação com potenciais complicações, especialmente infecciosas, vem crescendo ao longo dos últimos anos. Grandes estudos, envolvendo dezenas de milhares de pacientes em diferentes países tem mostrado que o risco de infecção que requer internação e antibioticoterapia venosa pós-biopsia transretal não é negligenciável, podendo variar de 1-7%. Além disso, uma tendência no aumento desse risco ao longo dos últimos anos também tem sido descrita de forma consistente. Esse aumento é paralelo ao crescimento de um fenômeno mundial, o desenvolvimento de resistência aos antibióticos mais comuns pelas bactérias que potencialmente podem causar infecção. A principal classe de antibiótico utilizada para prevenir as infecções pós-biopsia transretal, as Quinolonas, tem perdido eficácia gradualmente. A utilização em massa e muitas vezes não justificada desses antibióticos é a provável explicação. Esse contexto gera um grande problema, pois poucas outras drogas possuem as três características que tornavam essas medicações tão uteis: boa concentração no tecido da próstata, boa ação contra as bactérias que habitam o intestino e a possibilidade de administração como comprimido.

Diversas estratégias foram tentadas para mitigar esse problema, como lavagens retais com clorexidina, iodo, obtenção de amostras das bactérias da região retal antes do procedimento, administração de combinações de antibióticos, etc. Algumas dessas estratégias tiveram mais sucesso que outras, porém nenhuma foi capaz de mitigar o problema de forma definitiva. A razão para esse insucesso é que independente da estratégia adotada, a via transretal é, objetivamente, uma via transfecal para obtenção das amostras prostáticas. A única forma de reduzir de forma real o risco de infecção, é mudar radicalmente a forma como a biópsia é realizada.

O períneo é o espaço entre a base da bolsa escrotal e o ânus. Através desse espaço, é possível acessar a próstata. Inclusive técnicas para remoção completa da glândula (prostatectomia transperineal) foram descritas e empregadas com sucesso. A pele do períneo pode ser preparada para proporcionar um ambiente estéril, e ao atravessar esse espaço, a agulha de biópsia não tem nenhum contato com as bactérias das fezes, virtualmente eliminando o risco descrito acima. A biopsia transperineal da próstata vem sendo empregada por décadas, com muito sucesso na capacidade de proporcionar diagnostico nas doenças prostáticas e reduzir drasticamente os índices de infecção. Grandes estudos com milhares de pacientes apontam índices que se aproximam de zero. Podemos pensar, então, se existe uma alternativa que praticamente elimina a principal complicação da via transretal, por que não estamos todos a utilizando? O grande limitador da disseminação da via transperineal foram os custos classicamente envolvidos na realização do procedimento. Originalmente, a biopsia transperineal envolve o emprego de diversos insumos fixos a serem adaptados a uma mesa de centro cirúrgico em ambiente hospitalar, é realizada sob anestesia geral para permitir um controle adequado da dor, uma vez que cada amostra da próstata é obtida por uma punção (furo na pele) independente, com entre 24-50 punçoes individuais realizadas no períneo a cada sessão, com auxilio de um “grid” (Figura 1). Com um maior número de fragmentos obtidos também aumentava o risco de uma complicação chamada retenção urinaria, a incapacidade de urinar transitoriamente pós-procedimento, chegando a acometer até 10% dos pacientes. Esses fatores fizeram com que a biopsia transperineal ganhasse pouca popularidade entre médicos e pacientes.

Biópsia Prostática Transperineal guiada por fusão de imagem

Fig 1. Grid utilizado na Biopsia transperineal. Cada oreio representa uma punção cutânea. www.cancerresearchuk.org

Em 2001 Emiliozzi, um Urologista italiano, descreveu uma modificação da técnica original, que tornou possível a realização da biopsia transperineal sob anestesia local em ambiente extra-hospital ar, exatamente como é a realidade para a biopsia transretal. Anestésico local é infiltrado em dois pontos na pele do períneo, um em cada lado. Através de duas pequenas incisões, apos infiltração profunda de anestésico local e com controle utilizando ultrassom, é introduzida uma agulha “guia” (agulha coaxial),posicionada na extremidade da próstata (ápice). Com o movimento livre da mão, o examinador consegue obter amostras das mais diversas áreas da próstata, geralmente entre 12-14 fragmentos (Figura 1). Estudos com mais de mil pacientes mostraram que essa técnica é segura, proporciona índices próximos de zero de infecção e índices de retenção urinaria comparáveis a via transretal. Isso sem comprometer a capacidade de diagnosticar o câncer de próstata. O acesso transperineal permite também acessar a zona anterior da próstata, região onde surgem em torno de 20% dos tumores malignos, e que pode ser inacessível pela via transretal, especialmente em pacientes que tem próstatas de maior volume.

Biópsia Prostática Transperineal guiada por fusão de imagem

Grandes Instituições ao redor do mundo migraram totalmente da via transretal para a via Transperineal sob anestesia local, entre elas a University of Toronto e o Guy’s and St Thomas NHS Foundation Trust. Este último é um dos maiores centros hospitalares da Europa e o maior do Reino Unido. Na informação que os pacientes recebem, a Instituição faz a seguinte afirmação: “A biópsia transperineal é agora nosso procedimento padrão para o diagnóstico de câncer de próstata. Não oferecemos mais biópsias transretais a nenhum paciente. Acreditamos que a biópsia transperineal é mais segura e precisa do que qualquer outra forma de biópsia da próstata, e podemos fazer isso com segurança e conforto sob anestesia local”.

Na UroTarget realizamos a biopsia transperineal sob anestesia local e sedação com presença de médico anestesista. Empregamos também a Fusão de Imagens na via transperineal, obtendo amostras dedicadas de regiões de anormalidade previamente identificadas em ressonância magnética multiparamétrica da próstata. Utilizamos a tecnologia “Smart Fusion”, com Software específico para este fim, já empregado há muitos anos para amostragem da glândula, com desempenho bem estabelecido.

Claramente a Biopsia Transperineal da Próstata sob anestesia local com Fusão de Imagens, como oferecida na UroTarget, tem o potencial para se tornar o novo padrão ouro para a biopsia prostática. A UroTarget é pioneira nessa técnica no país.

Orientações pré-biópsia


DIETA: Nenhuma alteração de dieta é recomendada. É prudente limitar o consumo de bebida alcoólica na véspera e nas 48h seguintes ao procedimento. Mantenha uma boa hidratação na véspera, ingerindo líquidos claros, água, sucos, chá.

MEDICAMENTOS REGULARES: Seguir a recomendação do seu cardiologista fornecida em consulta de risco cirúrgico. Suspender AAS e clopidogrel 10 dias antes do procedimento. Heparina, marevan, coumadin, varfarina, ticlopidina, ticagrelor, ginkgo biloba, diclofenaco e demais anti-inflamatórios não esteroides também devem ser suspensos com 10 dias de antecedência. Não tomar hipoglicemiantes (ex. Metformina) no dia do procedimento.

ANTIBIOTICOTERAPIA: Levofloxacino 500 mg: Tomar 01 comprimidos de 500 mg, via oral, 02 horas antes do horário marcado do procedimento. Tomar duas doses adicionais, uma vez ao dia, por dois dias. Monuril 3g: tomar um envelope na noite anterior ao procedimento e um segundo envelope após 48h. Você receberá a prescrição eletrônica por email.

PREPARO PARA ANESTESIA: Restrição alimentar no dia do exame. JEJUM absoluto de 08 horas para alimentos sólidos. Líquidos ou gelatinas são permitidos apenas ATÉ QUATRO HORAS antes do horário marcado do exame. A partir de quatro horas antes do exame, é proibida a ingestão de qualquer tipo de alimento sólido ou líquido.

CHEGADA: Chegar na Unidade com antecedência de 30 minutos. Leve todos os seus exames, especialmente o risco cirúrgico e exame de Ressonância Magnética. É mandatória a presença de um acompanhante maior de 18 anos.

Orientações pós-biópsia


APÓS O PROCEDIMENTO: Repouso absoluto no dia do procedimento. Ingerir bastante líquido (água, sucos, chá). Evitar excesso de cafeína. Não ingerir bebida alcoólica. No dia seguinte ao procedimento manter repouso relativo, sem atividade física excessiva. Não reiniciar medicaçōes anticoagulates/anti-agregantes (AAS/Clopidogrel/Marevan/Clexane, etc.) antes da liberação da equipe.

Presença de sangue pelo reto ou nas fezes é muito comum nos três primeiros dias após o procedimento. Sangue na urina é esperado, podendo durar até 7 dias. Sangue no esperma é extremamente comum, ocorrendo em mais de 90% dos casos, podendo perdurar por algumas semanas. Em caso de febre (temperatura > 37.7º.C),incapacidade de urinar por mais de 8 horas ou eliminação de grandes placas de sangue (coágulos) na urina, procurar a Emergência de um dos seguintes Hospitais: Copa D’or, Quinta D’or, Barra D’or, Clinica São Vicente da Gávea, Norte D’or, Casa de Saúde São José, Hospital Israelita e contactar a equipe da UroTarget pelo celular 21 99571-1530.

Perguntas Frequentes sobre:
Biópsia Prostática Transperineal guiada por fusão de imagem

O que é a biópsia prostática transperineal guiada por fusão de imagem?

A biópsia transperineal é um procedimento minimamente invasivo que utiliza a fusão de imagens de ressonância magnética e ultrassonografia para guiar a coleta de amostras da próstata, acessando a glândula através do períneo, reduzindo drasticamente o risco de infecção em comparação à biópsia transretal.


Quais são os benefícios da biópsia transperineal em relação à biópsia transretal?

A biópsia transperineal praticamente elimina o risco de infecção, comum na biópsia transretal. Além disso, permite acesso a todas as áreas da próstata, inclusive regiões de difícil alcance, aumentando a precisão do diagnóstico de câncer de próstata.


A biópsia transperineal é dolorosa?

O procedimento é realizado sob anestesia local com sedação, garantindo o máximo de conforto para o paciente. Um médico anestesista está presente durante toda a biópsia para garantir que a experiência seja a mais tranquila possível.


Quais são os cuidados necessários após a biópsia transperineal?

Após a biópsia, recomenda-se repouso no dia do procedimento e ingestão de líquidos. A presença de sangue na urina e no esperma é comum nos primeiros dias. Caso ocorra febre ou dificuldade para urinar, é importante procurar atendimento médico.


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